Dançar sem música pode parecer impossível para qualquer pé-de-valsa. Mas para alunas de um balé de São Luiz Gonzaga, nas Missões, o som é secundário. Surdas, elas dançam no silêncio.
As oito meninas e mulheres desse grupo do Ballet da Cidade têm entre 13 e 64 anos. Há três anos, sentem o ritmo pela vibração das ondas sonoras no tablado e no corpo durante as aulas. Para levar a dança para a vida das alunas, a bailarina e coordenadora do grupo, Lisia Di Primio, explora a percepção e a observação aguçadas dos surdos.
— Fizemos exercícios para elas perceberem os ritmos. Elas sentem os batimentos cardíacos, ficam descalças para notar a vibração no chão. Elas sentem a música — conta a professora, voluntária no projeto.
Olhar os movimentos da professora é um dos trunfos para aprender:
— Antes, eu dançava em baile. Olhava como os outros estavam fazendo e sentia a vibração no corpo — conta Cíntia Marques da Cruz, 15 anos, confessando que desde que as aulas começaram nutre dois sonhos: aprender a dançar balé e desfilar como modelo.
A comunicação entre elas e Lisia é intermediada pela professora das classes especiais Ilsa Dubal de Souza, que repassa às meninas as instruções da coreógrafa a cada ensaio. Nas primeiras coreografias do grupo, as alunas aprenderam o balé moderno, com músicas propositadamente bem marcadas. Agora, o desafio de Lisia é ensinar o balé clássico, com ritmos menos vibrantes.
Entrando no ritmo
Os surdos podem sentir os sons das músicas. Com as vibrações da ondas sonoras no corpo e no chão, percebem os ritmos e as pausas. Como desenvolveram a observação, captam rapidamente os movimentos da coreografia olhando o professor. Têm facilidade com a dança, pois utilizam a expressão corporal e facial para se comunicar.
fonte ZERO HORA
As oito meninas e mulheres desse grupo do Ballet da Cidade têm entre 13 e 64 anos. Há três anos, sentem o ritmo pela vibração das ondas sonoras no tablado e no corpo durante as aulas. Para levar a dança para a vida das alunas, a bailarina e coordenadora do grupo, Lisia Di Primio, explora a percepção e a observação aguçadas dos surdos.
— Fizemos exercícios para elas perceberem os ritmos. Elas sentem os batimentos cardíacos, ficam descalças para notar a vibração no chão. Elas sentem a música — conta a professora, voluntária no projeto.
Olhar os movimentos da professora é um dos trunfos para aprender:
— Antes, eu dançava em baile. Olhava como os outros estavam fazendo e sentia a vibração no corpo — conta Cíntia Marques da Cruz, 15 anos, confessando que desde que as aulas começaram nutre dois sonhos: aprender a dançar balé e desfilar como modelo.
A comunicação entre elas e Lisia é intermediada pela professora das classes especiais Ilsa Dubal de Souza, que repassa às meninas as instruções da coreógrafa a cada ensaio. Nas primeiras coreografias do grupo, as alunas aprenderam o balé moderno, com músicas propositadamente bem marcadas. Agora, o desafio de Lisia é ensinar o balé clássico, com ritmos menos vibrantes.
Entrando no ritmo
Os surdos podem sentir os sons das músicas. Com as vibrações da ondas sonoras no corpo e no chão, percebem os ritmos e as pausas. Como desenvolveram a observação, captam rapidamente os movimentos da coreografia olhando o professor. Têm facilidade com a dança, pois utilizam a expressão corporal e facial para se comunicar.
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Oi, Gabi... Gostei muito blog e achei a iniciativa fantástica! A falta de audição, assim como a de outros sentidos, não pode ser um empecilho para as pessoas que realmente querem viver transpondo barreiras. Parabéns!
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