Depois que terminei o primeiro ano do ensino médio no Cedap, eu sair e fui pra outra escola chamada moderno, onde passei o segundo e terceiro ano.
Me dei bem também, mas já tava cansada de estudar hauhauhauhaua, eu não via a hora de entrar numa universidade. Depois que terminei fui fazer cursinho no Podium mas passava a maior parte dormindo lá rarararara, estava de saco cheio, sério gente, eu passei a vida estudando, sempre amei estudar, ler, escrever, o meu esforço constante em querer sempre me da bem nas matérias ajudou muito a ter o conhecimento bem fixado na memória.
Fiquei uns dois meses fazendo cursinho, e me lembro que fui fazer minha inscrição pro vestibular e lá pedia para relatar se você tinha uma deficiência, eu disse que sim, ai depois perguntava se eu precisava de acompanhamento, eu disse que não. Ai três dias antes da prova, no meu formulário de inscrição tava escrito que eu não tinha deficiência, eu fiquei com medo, te juro, porque seria mais fácil eu passar se eu fizesse parte daquele pequeno porcentos de vagas para deficientes hauhauahuahua, mas mesmo assim, como era tarde demais, não queria perder esse vestibular eu fui fazer sem mais nem menos.
Fiz a prova objetiva na boa e fui pra casa, esperei um mês pra sair o resultado, aquela tensão toda da família, o medo, a expectativa e não sei o que passava pela minha cabeça. PASSEIIIIIIII, fui classificada na primeira fase da universidade federal do Amapá!!
A segunda fase foi um horror, a prova tava cansativa e era prova discursiva e inclua redação. Pensa, eu tive que fazer com acompanhante nessa fez por causa do problema que deu na primeira fase, eles não colocaram como deficiente auditiva, mas é claro, tive que aproveitar a oportunidade de passar num é? Hauahuahauhua
A mulher que me acompanhava me irritou muito, não sei como ela trabalha com surdos, ela me tratava como uma coitadinha, ficava toda hora tentando me explicar tudinho na prova como se eu não soubesse de nada, fiquei muito p.. com essa mulher. E eu tive que me segurar com ela...mas até que segurei atééééé terminar a prova, como deixei minha redação pro final, eu já estava muito cansada, fiz tudo, ai ela disse que queria ler....Eu olhei pra ela com cara de... não sei o que. Ela leu e tudo e disse pra refazer porque estava fugindo do tema. Eu só fiz de pegar e refiz a redação desgraçada, mas ela ficava só de olho na minha redação e ela teimava em querer corrigir minha prova quase que querendo fazer a prova pra mim. Eu não entendia a dela, nunca me dei mal em redação, no Enem eu tirei 9.5 pontos e na escola só tirava nota boa, se a redação estava errada, melhor os caras lá da universidade corrigisse e não ela. Eu refiz tudinho e entreguei, ai falei assim: não sei porque você me trata assim, fica corrigindo como se tudo estivesse errado, eu não sou pateta assim, sei o que estou fazendo.
Sai de lá achando que nem ia passar nesse vestibular que fiquei desesperada, porque ela passou a impressão que toda minha redação estava errada. Mas daí, passei, eram 30 vagas e fiquei em 17º lugar hauhauhauhauahua.
É! aqui em Macapá, os esducadores de surdos precisam muito melhorar, pra mim, ainda falta mais conhecimento, especialmente sobre a diversidade dentro da deficiência.
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